Declaração da CGE por ocasião do Dia Internacional da Mulher

DigitALL: Inovação e Tecnologia para a Igualdade de Género

 #IWD2023

O Dia Internacional da Mulher é comemorado anualmente no dia 8 de Março para comemorar as lutas históricas das mulheres em favor da sua igualdade e direitos humanos. Hoje, celebramos suas ideias, inovação e activismo que estão a mudar o mundo para melhor. Neste dia, chamamos a atenção para questões que afectam os direitos das mulheres e meninas, como violência de género e desigualdade na educação.

O tema para 2023 está alinhado com o tema prioritário para a próxima 67ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher (CSW67), “Inovação e Mudança Tecnológica e Educação na era digital para alcançar a igualdade de género e o empoderamento de todas as mulheres e meninas .”

É o mandato principal da Campanha Global pela Educação (CGE) defender o direito humano à educação de qualidade, especialmente para mulheres e meninas. Apesar de ter havido progresso com o passar dos anos na educação de meninas e mulheres em muitas partes do mundo, desde a fundação da CGE, elas ainda são as que enfrentam mais barreiras e discriminação para ter acesso aos ambientes educacionais e o pleno reconhecimento dos seus direitos.

As diferenças de género nas habilidades digitais são maiores nos países em desenvolvimento do que nos países desenvolvidos. A divisão digital nos países em desenvolvimento limita o acesso à infra-estrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e o desenvolvimento de habilidades digitais para mulheres e meninas. Este e outros factores relacionados limitam o seu acesso, preparação e oportunidades de entrar nos campos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) quando adultos. As mulheres enfrentam estereótipos sobre suas habilidades no início da vida, o que, muitas vezes, enfraquece o seu desembaraço em ciências, matemática e competências técnicas e, desencoraja-as a escolher cursos STEM na escola.

Para aquelas que buscam STEM, elas enfrentam barreiras para o sucesso, que inclui discriminação, pressão para casar cedo, expectativas de assumir total responsabilidade pelos deveres domésticos e familiares, e barreiras não reconhecidas que impossibiltam que elas tenham posições de alta liderança. Quando as crianças eram solicitadas a desenhar um matemático ou cientista, as meninas tinham duas vezes mais chances de desenhar homens do que mulheres, enquanto os meninos quase sempre desenhavam homens de jaleco [1].

Neste dia, a CGE pede aos governos locais que fortaleçam os currículos STEM para promover a igualdade de oportunidades e participação em STEM, para fortalecer a capacidade de professores e conselheiros de carreira em incentivar as meninas a seguir estudos e carreiras dentro do STEM, para aumentar a conscientização sobre a igualdade de género no STEM para pais e grandes comunidades, e para trabalhar com a grande comunidade na diminuição das barreiras socioculturais que impedem o progresso das meninas no STEM.

A CGE apela ainda à comunidade internacional para apoiar as instituições democráticas e o restabelecimento das condições que garantam o pleno estado de direito e o respeito pelos direitos humanos, que inclui a educação das mulheres e raparigas.

A CGE continua a pressionar a comunidade internacional e os governos para que cumpram sua obrigação de oferecer educação gratuita, inclusiva e de qualidade, sem discriminação com base no género, orientação sexual, expressão de género, identidade ou características ou outros motivos, que compreende, entre outros, raça, deficiência, origem étnica, idade, idioma, localização, religião ou crença, origem migratória ou refugiada ou qualquer outra condição minoritária. A educação sexual compreensiva é um mecanismo ideal para superar várias formas de violência e discriminação contra mulheres e meninas.

Este ano, a CGE junta suas vozes com a do seu povo e grita alto e claro por direitos iguais: Os direitos das mulheres são direitos humanos!

Fim