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Olá a todos, como mencionei, meu nome é Diana Ayala, de Honduras, membro da CGE YAG a representar minha coalizão nacional Foro Dakar Honduras e muito orgulhosa de representar os jovens da minha coalizão latino-americana CLADE e, por último, mas não menos importante, nosso Grupo de Liderança Jovem da GPE.

Bem-vindo à Assembleia Mundial da CGE, bem-vindo a este momento tão importante de conexão, aprendizado, progresso e muito mais. Sou grata com a vida pela oportunidade de estar aqui hoje após um período muito difícil de perdas e luto por muitas pessoas devido à pandemia do COVID-19.

“O Futuro da Educação Reimaginada” é o nome desta assembleia e como jovem activista acredito que precisamos também compartilhar activamente nossos pensamentos sobre a educação reimaginada, o que é que queremos ver? E também, como conseguir isto? Eu poderia citar muitas coisas, mas todas elas resumem-se  num ponto, Participação Activa nos espaços. Em Março deste ano, tivemos a incrível oportunidade com a CGE de viajar para a Tanzânia, um grupo de __ jovens e estudantes de diferentes regiões e espaços com o objectivo de trabalhar juntos para construir um grupo de defensores da educação, um grupo de jovens e estudantes dentro do espaço CGE a trabalhar pelos objectivos específicos.

 

À medida que a CGE cresce e fortalece o envolvimento de jovens e estudantes, torna-se cada vez mais imperativo criar espaços e plataformas para que jovens e estudantes construam pontes de solidariedade e capacidade entre os membros - Relatório da Convenção dos Jovens e Estudantes da CGE 2022.

 

O contexto dos jovens e estudantes esteve por tantos anos limitado nos espaços de decisão e criação de políticas, e somado a isso a pandemia deixou ainda mais barreiras de equidade, mostrando que os sistemas de ensino especificamente nos países de renda mais baixa não estavam preparados para atender às necessidades dos alunos mais marginalizados, que os professores não estavam totalmente preparados para passar para uma aprendizagem digital, que as áreas rurais continuam a ser excluídas, que não temos planos e respostas para as crianças com deficiência e as oportunidades de trabalho para os jovens são muito limitadas, que a privatização do ensino superior é uma barreira para muitos.

Jovens e estudantes muitas vezes são vistos como apáticos, frustrados e desencantados. Quando eles organizam-se, seu trabalho é desvalorizado porque são considerados inexperientes, problemáticos e correm o risco de serem desviados da idade adulta responsável – Relatório de Análise do Impacto do COVID-19 nos jovens e dos Estudantes dentro dos Espaços de Advocacia 2022

 

Com todas essas questões mencionadas como jovem activista, o que posso dizer é,  não, estes não são  limites para nós, isto não define nosso futuro, o futuro que queremos ou a educação reimaginada. Mas é claro que queremos as oportunidades nos espaços, queremos que nossas vozes sejam ouvidas quando as políticas são feitas e quando os orçamentos são construídos. Os estudantes são a prioridade na educação, mas quantas vezes os comités de estudantes são chamados a participar activamente na criação de leis que deveriam beneficiar o sector educacional? Ou quantas vezes as necessidades realmente vêm de dentro das escolas, de dentro do coração da educação. Hoje é o momento de advogar por estes espaços, também é o momento de jovens e estudantes entenderem este papel, e como já mencionei antes não precisamos representar nosso interesse pessoal, mas as vozes de todos e trabalhar juntos com solidariedade para enfrentar os problemas que vemos todos os dias, se entendermos a solidariedade, entenderemos tudo.

Acho que a CGE tem deixado claro a importância de ver os jovens como iguais e parceiros activos, que inclui as nossas vozes, e ter participação nas decisões, colaborar em diferentes iniciativas dos jovens, aumentar as vozes colectivas, também e muito importante a criação de relatórios e estratégias que dêem um contexto presente e actualizado das realidades dos estudantes e jovens, o que é muito específico para nós, pois não temos muitas pesquisas e estudos ou relatórios sobre a participação dos jovens.

A CGE deu-nos a oportunidade de desenvolver capacidades e conhecimento, bem como colaborar com recursos para atingir objectivos específicos dentro dos nossos constituintes para que, um, estruturar nossas estruturas para estudantes, e dois, para incluir ainda mais estudantess e jovens, especificamente aqueles que são deixados para trás, e três, para realmente dar-nos a oportunidade de realmente ter um espaço para nós.

Eu adoraria ver mais estudantes e jovens latino-americanos envolvidos no movimento e tenho certeza de que com o apoio diferenciado que a CGE está a oferecer, alcançaremos este objectivo. A América Latina também tem muito a oferecer e vamos continuar aqui, não vamos a lugar nenhum, estamos aqui para ficar e exigir educação pública gratuita e de qualidade para todos, é isto que vemos na educação reimaginada, espaços inclusivos para todos, oportunidades iguais e justas para as raparigas, não apenas para entrar na escola, mas para continuar e terminar a escola, atender as pessoas com deficiência e ter mais espaços democráticos e, por último, reconhecer a necessidade de investir na educação.

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A Campanha Global pela Educação (GCE) é um movimento da sociedade civil que tem como objectivo acabar com a exclusão na educação. A educação é um direito humano básico, e a nossa missão é assegurar que os governos actuam agora para garantir o direito de todos a uma educação pública gratuita e de qualidade.